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  • Set

    13

    2016

Empresários participam de palestra na Aicita sobre cenário econômico

A Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita), através de seu Programa de Parceria Continuada, realizou a Palestra Itatiba Em Números – Onde Estamos E Para Onde Estamos Indo. Cerca de 20 pessoas participaram da apresentação realizada na noite do último dia 31 na Sala de Cursos da Aicita, localizada no Edifício Inside Corporate.

No município, são mais de quatro mil empresas atuantes, em dado de 2014. O Produto Interno Bruto (PIB), no mesmo período, era de R$ 3,5 bilhões, sendo 48% proveniente da área de serviços, seguido por indústria e agropecuária. Em pesquisa econômica realizada há três meses, elaborada pela Consulmark Cursos & Consultoria, empresa parceira da Aicita, 81 empresários de diversos segmentos responderam a 21 perguntas, possibilitando criar um cenário sobre a atualidade.

Incentivos e exportação

Dos participantes, 94% compõem as micro e pequenas empresas. O foco é para que estas se desenvolvam a fim de gerar aumento no PIB municipal. A Prefeitura de Itatiba tem incentivos para este público, no entanto, 85% disseram desconhecer.

Outros números de destaque são: 59% dos entrevistados vendem em Itatiba, 16% fornecem para a Prefeitura e apenas 4% exportam. A importação é mais alta que a exportação e esta foi uma tecla bem batida na apresentação, realizada por Charles Ikeda, professor de Planejamento Estratégico, Economia e Finanças e diretor da Consulmark, para incentivar as empresas itatibenses a buscar exportar seus produtos.

Para Roberta Rodrigues a palestra foi ótima. “Principalmente a apresentação de leis de incentivo, pois estou indo atrás de informações. Há alguns incentivos que não sabia. Estava em busca disso e a palestra só veio reforçar. Com o incentivo ao microempresário, a economia gira dentro da cidade”, observou Roberta.

Consumismo interno

Os funcionários exclusivamente itatibenses estão presentes em 74% das empresas. O restante divide as vagas com profissionais de outras cidades, que, no final das contas, levam o dinheiro recebido para investir geralmente no município onde moram. Assim, parte da economia local se esvai.

O participante Joselito Casarin gostou muito desta apresentação. “Foi completamente produtiva porque questiona a amplitude da cidade. Nós, empresários, podemos fazer mais por aqui e até levarmos esta orientação dentro da nossa empresa para nossos profissionais, para ser mais produtivo e para que o consumismo interno gere serviço, renda e futuro para nossos filhos. Foi excelente”, comentou Casarin, acompanhado de Rosangela Cerqueira.

Crescimento econômico

Metade dos empresários pretende manter o número de funcionários nos próximos anos e 32% esperam contratar. Os principais obstáculos, porém, são a retração do mercado (apontado por 38%) e a falta de mão de obra (27%). Assim, para 69% dos entrevistados, a expectativa para os próximos 18 meses é de manutenção ou queda das vendas. Apesar disso, o otimismo se mantém, já que 47% acreditam que o próximo ano será melhor.

Desta forma, é necessário realizar um planejamento estratégico para que a cidade prospere. As empresas precisam priorizar a mão de obra local, cuja renda se reverterá ao comércio da cidade, que vai buscar capacitação e incentivos para crescer e consumir das empresas, que vão oferecer empregos aos itatibenses. Este círculo pode ser um viés para o crescimento econômico.

 

Texto e fotos: Tatiana Petti/Aicita