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Abril / 2015
Aqueles que, como eu, nasceram nos anos
70/80 (mas também os que nasceram antes disso)
sabem bem da importância e relevância da
chamada sabedoria de pai e mãe nas nossas
vidas. Quantas vezes perante uma dúvida ou uma
insegurança lá estavam os nossos pais para nos
darem uma explicação, uma ajuda ou orientação.
Até mesmo tentar responder a perguntas mais
difíceis como “de onde vêm os bebês” ou “como é
que eu fui feito” eles eram as nossas referências.
Pois é. Issomudou.
Aqueles que hoje são pais e mães com
filhos nascidos no pós 90 e principalmente na
década 2000-2010 vivem na pele a mudança dos
eixos de poder e de conhecimento. Antes os pais e
mães falavam e nós acreditávamos no que eles
diziam, mesmo sabendo que o Papai Noel não
descia da chaminé na noite de 24 para 25 de
dezembro. Mas acreditávamos.
Hoje, aqueles que são pais e mães sabem
que quando falam estão sob avaliação e
verificação do conhecido Google. Hoje as crianças
validam tudo o que lhes é dito pelo motor de busca
e demais fontes – redes sociais, portais, blogs,
Youtube ou Wikipedia. E quando o mundo virtual
confirma o que os pais falamestá tudo bem.
O problema é quando isso não acontece. Lá
vem a argumentação suportada em diversas
fontes virtuais para contrariar ou desdizer a tão útil
sabedoria de pais. Mas o pior não é isso. O pior é
quando a criança de seis, sete ou oito anos diz –
vou te explicar! E nos presenteia com um atestado
de desconhecimento pelo tema que supostamente
estávamos bem seguros.
Isto é mais crítico quanto mais falamos de
tecnologia. Hoje crianças de seis anos sabemmais
de gadgets, jogos ou web que muitos pais de 30 ou
40. Está aí a mudança de gerações. Esqueçamos
as conhecidas gerações catalogadas – baby
boomers, x, y, z, etc. – para adotarmos as
designações geracionais:
• Antes de 90 – imigrantes digitais: aqueles
que precisam aprender a viver num mundo
conectado;
• Depois de 90 – nativos digitais: aqueles
que nasceram no mundo conectado e fazem uso
dele de forma consistente nos últimos cinco anos.
Estamos preparados, como empresas e
profissionais, para lidar com estas novas
gerações? A geração do “vou te explicar”, mais
conhecedora do produto que o vendedor que o
está a vender, mais preparada para debater
determinado tema em sala de aula que o professor,
ou mesmo alertar o médico par determinado efeito
secundário de um medicamento vs a geração do
preciso aprender de novo?
A velocidade vertiginosa de produção de
conteúdo e partilha do mesmo pelo mundo virtual
está a mudar as regras do jogo. E todos os dias
vejo exemplos de quem fica para trás porque não
entendeu ainda esta mudança básica do
comportamento humano.
*Luís Rasquilha,
português que vive emSão Paulo desde
2011, é formado em Comunicação, com
pós em Marketing, e MBA em Gestão,
sendo máster em Empreendedorismo e
Gestão da Inovação e Criatividade.
Fundador e CEO da Ayr Consulting
Worldwide + Inova Business School,
maior empresa mundial de trends
innovation (com negócio centrado na
aplicação do conhecimento resultado da
observação de tendênc i as do
comportamento do consumidor nos
projetos e programas de inovação
estratégica e empresarial) com uma
rede de 20 mil observadores em 32
países. Autor e coautor de 18 livros
sobre Market ing, comunicação,
Tendências e Inovação.
SOBRE INOVAÇÃO
Vou explicar-te...
Por Luís Rasquilha*
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