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  • Mar

    05

    2018

Registros voltam a subir no balanço do SCPC da Aicita

Impulsionado pela revogação da Lei do AR, que impossibilitava a aparição do devedor no sistema sem que ele autorizasse a inclusão através de assinatura no Aviso de Recebimento (AR), o índice de registros voltou a subir, conforme o balanço do Serviço Central de Proteção ao Crédito de fevereiro, divulgado hoje (05/03/18) pela Associação Industrial e Comercial de Itatiba (Aicita).

Com o fim do impasse e revogação da lei estadual em novembro, os empresários voltam a registrar nomes de endividados. Em fevereiro, Itatiba teve a inclusão de 370 nomes no SCPC, resultando em aumento de 25,4% em comparação com janeiro (295). A diferença dobra, alcançando 51%, ao comparar o índice atual com fevereiro de 2017, quando foram 245 registros.

Cancelamentos

Os cancelamentos, por sua vez, apresentaram queda. Em fevereiro, foram 121 nomes retirados da lista de devedores, contra 177 em janeiro, diferença de -31,6%. Já se observado o total de fevereiro do último ano, quando foram feitas 141 exclusões, a queda do índice fica em 14,1%.

Muitos comparecem à Aicita, na Rua Cel. Camilo Pires – 230, para a consulta do CPF no banco de dados do SCPC. Havendo pendência, o consumidor deve quitar suas dívidas para que então a empresa credora possa fazer a retirada do seu nome do sistema. A consulta na Aicita é gratuita.

Consultas

Em outro índice, notamos que o movimento de vendas do varejo itatibense diminuiu em comparação com janeiro: passou de 5.434 para 4.619, gerando queda de -14,9%. O recuo neste mês é meramente sazonal, visto que janeiro é caracterizado por promoções e liquidações das lojas. E também pelo fato de que janeiro teve três dias úteis a mais que fevereiro.

Recuperação

No entanto, na comparação com o mesmo mês de 2017 (4.518), houve aumento em fevereiro de 2,23% nas vendas a prazo. De acordo com Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, a qual a Aicita integra, esta alta ocorreu pela base fraca de comparação e também pela melhora do cenário macroeconômico.

“O carnaval deste ano ajudou as vendas, mas a grande explicação está nas fortes quedas que ocorreram nos dois últimos anos e nos fatores macroeconômicos. Com juros menores, prazos mais longos e maior renda das famílias, o comércio tem um caminho mais favorável para crescer. O varejo está em franca recuperação”, declara Burti.

 

Crescimento econômico

Além disso, conforme divulgado em 1º de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 cresceu apenas 1%, após apresentar quedas consecutivas de 3,5% nos dois anos anteriores. O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 1,8% do comércio nacional, a terceira maior contribuição dentre todos os setores.

“Foi um ano em que os bens duráveis tiveram bom desempenho estimulados pela melhora na conjuntura econômica. Tudo isso aumentou o poder de compra do consumidor. Foi um ano de transição”, diz Burti, acrescentando que neste ano, o comércio brasileiro pode chegar a crescer até 5%, já que o Brasil deve seguir com os menores juros do Plano Real e acelerar o ritmo de crescimento econômico. “A indústria ― que já vem mostrando forte recuperação ― e o setor de serviços devem apresentar aumentos significativos”, analisa Burti.

 

Movimento mensal do SCPC em Itatiba

Indicador

DEZEMBRO

JANEIRO

FEVEREIRO

Consultas

5.631

5.434

4.619

Registros

433

295

370

Cancelamentos

217

177

121

 

Texto: Tatiana Petti/Aicita